Os Quatro Elementos
Os antigos filósofos gregos viram o mundo em termos de quatro elementos: fogo, água, ar e terra. A descoberta dos quatro elementos é geralmente creditada ao filósofo Empédocles. A palavra que Empédocles originalmente usou para descrever estes elementos foi Rhizai, significando “raízes”. Os quatro elementos foram, em outras palavras, a fonte de fogo, água, ar e terra. Esses elementos não são as coisas literais em si mesmas, mas as expressões poéticas de suas qualidades ideais. Quase tudo pode ser classificado pela sua natureza em relação a esses quatro elementos. A mente humana não foi exceção. O elemento terra foi visto como as necessidades animais da mente humana, o elemento água como as emoções, o elemento ar como o intelecto e o elemento fogo como vontade.
Yod, He, Vav, He (Nome de Deus - 4 Elementos) |
É pelo equilíbrio dos elementos dentro de si mesmo que você obtém uma percepção do quinto elemento, o espírito, que os mantém juntos e os equilibra em uma harmonia universal.
Cabalisticamente, Deus é representado pelas letras hebraicas Yod-Heh-Vav-Heh ou o tetragrama YHVH que simbolizam os 4 elementos e toda a Àrvore da Vida. Estas letras são dispostas em um quadrado ou uma cruz. O alfabeto hebraico não possui vogais e o nome de Deus precisava ser passado apenas oralmente de Iniciado para Iniciado. Quando surgia nos textos, os sacerdotes precisavam oculta-lo e usavam outras palavras para designá-lo. Eis o verdadeiro significado do mandamento “Não tomarás o nome de Deus em vão”. (MDD)
Cada um desses elementos corresponde com uma maneira distinta na qual uma pessoa pode ver o mundo. A primeira forma de olhar o mundo relaciona-se com o elemento terra. Nós iremos chamá-la de perceber. Todas aquelas coisas que você percebe e que são vistas com os olhos e outros órgãos dos sentidos físicos. Essa informação parece a mais confiável que você tem, porque parece vir automaticamente. É por isso que é tão insidiosa. É de longe a fonte menos confiável de informação, porque normalmente é uma ferramenta que seu ego e suas ansiedades usam para convencê-lo que você vê alguma coisa totalmente diferente. Por exemplo, se você vê um cachorro e está com medo de cachorros, aquele cachorro vai parecer uma ameaça, não importando o quão agradável o cachorro é. Ela é também uma parte natural de nossa neurologia para editar grandes partes de nossa experiência. Nós tendemos ver somente aquelas coisas que correspondem com as nossas presentes necessidades. E mais, nós tendemos classificar coisas instantaneamente sem as olharmos individualmente. Quando nós vemos uma maçã Granny Smith, nós tendemos simplesmente a notar que é uma “maçã Granny Smith” e deixamos de ver a maçã como ela é. Nós temos uma projeção pré-formada de como são as maçãs Granny Smith, e apenas vemos essa projeção, a menos que haja algo que realmente distingue a maça em particular. É por isso que às vezes lemos errado títulos de livros, DVDs ou similares quando olhamos para eles só por um segundo. Nossas mentes estão colocando projeções com base na experiência ou algum desejo de comunicar algo inconsciente para nós. Perceber é, em grande parte, nossas opiniões sendo projetadas para fora ao invés de adquirir uma nova entrada de muita coisa.
O segundo modo de olhar o mundo é chamado entendimento e está relacionado ao elemento água. Entendimento é baseado em suas emoções. Este modo de olhar o mundo é falho porque está fortemente atado aos seus sentimentos sobre si mesmo, mas ele é freqüentemente usado para fazer julgamentos sobre outros. Em outras palavras, você imagina como você reagiria no lugar da outra pessoa e acredita que esse é o modo que a outra pessoa está realmente reagindo. Isso também é uma projeção e ela causa muitos problemas. Suas emoções são o resultado de experiências na extensão de toda a sua vida e algum aspecto delas podem ter sido desenvolvidos de forma muito destrutiva. Por exemplo, um adulto que foi abusado fisicamente quando criança por alguém que ele amava pode estremecer de ansiedade quando alguma pessoa o toca com amor. Seu entendimento é freqüentemente manipulado pelos seus próprios medos, que acaba por te ferir ou escravizar.
Pensamento é o terceiro modo de olhar o mundo e ele está relacionado com o elemento ar. Esta é realmente a casa do ego. O ego apenas se manifesta nos pensamentos. No silêncio não há ego. Nós podemos dizer que o ego é realmente aqueles pensamentos que nós estamos atualmente atribuindo importância. O Pensamento é uma ferramenta e um guardião para nós. É o modo que nós colocamos o mundo dentro de um sistema coerente de experiências. Infelizmente, muitos de nós somos escravos de nossos processos de pensamentos. Nós nos permitimos refletir sobre alguns pensamentos, enquanto desaprovamos outros. Um dos problemas é que freqüentemente acreditamos que estamos pensando quando na verdade estamos reagindo a alguma coisa que veio de um dos outros modos de ver o mundo.
O quarto modo de olhar o mundo é chamado conhecimento e ele está relacionado ao elemento fogo. Aquelas coisas que você sabe que são pelo fato de que são simplesmente assim. Você não pensa sobre elas. Elas são fatos. Como dois mais dois são quatro. A água molha. Deus é bom. Cachorros latem. O problema desse modo de ver o mundo é que está sempre misturado com conceitos morais. Quando você sabe que alguma coisa é “verdadeira” ela necessita da idéia de que alguma coisa também é “falsa”. Este modo te força a perceber as coisas em termos de valores e esses valores são, em grande parte, relativos ao invés de absolutos. Isso cria a massa de confusão na qual todas as filosofias morais são construídas. Bem e mal entram nessa forma de olhar o mundo e normalmente o que parece um fato é na verdade um julgamento, que não tem nada a ver com fato e tudo a ver com medos, ansiedades e tabus sociais.
Estes quatro modos de olhar o mundo interagem entre si para criar o pânico moderado no qual a maioria das pessoas reside. Cada um desses modos de olhar o mundo e seus elementos relacionados corresponde a um específico tipo de medo. Os medos relacionados ao antigo elemento terra e a percepção física são ansiedades sobre dinheiro, saúde e qualquer coisa que tem a ver com o corpo e o bem-estar físico. Muitas vezes o doente vai sentir todos os tipos de males do corpo, como ossos doloridos, dores de cabeça e fadiga geral. Os medos relacionados à água e entendimento são aquelas coisas que os outros pensam sobre você, medos a respeito de amor e relacionamentos, e sentimentos de solidão. Aqueles do ar e pensamento incluem medos de que você não é inteligente o suficiente, que suas decisões são incorretas, ou que você está louco. Eles geralmente se manifestam como uma incapacidade de fazer conclusões, ou se manter preso em desconfianças. Os medos relacionados ao elemento fogo e conhecimento são freqüentemente religiosos ou filosóficos, mas pode incluir qualquer coisa a ver com culpa, um senso de que você está fazendo alguma coisa moralmente errada, ou que alguém pode também estar fazendo alguma coisa errada.
Felizmente, os antigos também perceberam um quinto elemento ao qual eles chamaram “espírito”. Este elemento governa os outros e os mantém em ordem.
Há também um quinto modo de olhar o mundo. Ele é chamado Iluminação. É somente pela iluminação que nós realmente podemos ter a experiência direta do universo e nós podemos realizar isto no silêncio produzido pelo quinto elemento. Ele é o verdadeiro caminho de apreender a realidade, porque quando ganhamos o controle sobre a nossa personalidade elemental, nós podemos ver além de nossos medos e ansiedades. Esse modo está disponível para todos, mas, infelizmente, é aproveitado só por alguns.
A letra SHIN representa o espírito purificador. O fogo celestial que remove o Impuro (Ela representa o Arcano do Julgamento no tarot). Da evolução do quatro vem o número cinco, o pentagrama sagrado dos Pitagóricos, representado pela união dos 4 elementos mais o espírito (SHIN). Note que são os MESMOS elementos utilizados na bruxaria, no xamanismo, nas Ordens Egípcias, na wicca e na magia celta. O pentagrama será, então, representado pelas letras Yod-Heh-Shin-Vav-Heh, ou YHSVH ou Yeshua. Este título já havia sido usado por Rama, Krishna, Hermes, Orfeu, Buda e outros líderes iluminados do passado. (MDD)
No altamente iluminado livro de Robert Anton Wilson - Prometheus Rising, ele compara os quatro elementos aos primeiros quatro circuitos do modelo de oito circuitos da consciência de Timothy Leary. O primeiro dos quatro circuitos compreende como Circuito I, Bio-Sobrevivência, que é o programa do corpo de buscar as coisas que são agradáveis e evitar aquelas que são desagradáveis, este se relaciona com Terra, às necessidades animais primitivas. O Circuito II é o circuito Emocional-Territorial e as regras de hierarquia do bloco, o nosso status na tribo. Ele é relacionado à Água. O circuito III é o circuito do tempo de ligação Semântica. É o primeiro circuito exclusivamente humano e descreve a necessidade humana de descrever as coisas em palavras e com pensamentos. Ele está relacionado ao Ar. O Circuito IV é o circuito Sócio-sexual. Ele governa a vida moral dos humanos e está relacionado ao elemento fogo. Como você pode ver esses circuitos correspondem exatamente com as descrições anteriores. Além desses quatro circuitos há
um quinto, chamado de Circuito Holístico Neurossomático. Descrevendo os efeitos deste circuito sobre as ansiedades dos outros elementos ou circuitos, Wilson escreveu, “O quinto circuito da consciência neurossomática alveja todos esses problemas de uma só vez”.
um quinto, chamado de Circuito Holístico Neurossomático. Descrevendo os efeitos deste circuito sobre as ansiedades dos outros elementos ou circuitos, Wilson escreveu, “O quinto circuito da consciência neurossomática alveja todos esses problemas de uma só vez”.
Yod-Heh-Shin-Vav-Heh (Yeshua) |
Eu acredito que os quarto elementos e as desvantagens psicológicas que eles criam são o segredo real por trás dos “quatro príncipes” das "Trevas" (Inconsciente). Esses quatro príncipes não são nada mais que os demônios medievais Satan, Lúcifer, Belial e Leviatã. Cada um desses príncipes corresponde com um dos antigos Rhizai, ou elementos raízes e é a personificação do medo que estes elementos representam. Cada um desses quatro antigos elementos tem um potencial psicológico positivo também. O elemento terra pode permitir destreza mecânica e o prazer da afeição física. Água pode fornecer intuição. Ar pode fornecer lógica e a habilidade de resolver problemas. Fogo pode produzir a habilidade de tomar decisões e as realizar. Mesmo se você já tiver essas coisas em um grau ou outro, elas são um pouco reprimidas pela dúvida e ansiedade. Uma vez que obteve o Conhecimento do quinto elemento, você terá a habilidade de ser o mestre de todos esses elementos e será o começo da verdadeira capacidade criadora.
O Ego
Seu ego é essencialmente uma conglomeração pessoal de todas as formas de medo e percepção discutidas na seção anterior sobre os elementos. Todas as coisas que parecem muito importante para você – seus gostos, antipatias, ansiedades, crenças religiosas – são realmente apenas várias formas de medo que não estão baseados na realidade. Você não escolheu estes medos, crenças e valores, mas pode não estar pronto para encará-los ainda.
Toda sua personalidade foi criada por seus pais, ambiente e amigos enquanto você crescia. Sua parte ao criá-la foi provavelmente mínima e reacionária. Minhas desculpas vão para qualquer um – que cresceu sozinho numa ilha deserta – isso não se aplica a você. Para todos os outros, o mundo como você vê não é o que parece. Você só vê as projeções e crenças que você tem sido ensinado a experimentar.
Cada um de nós vive dentro de uma bolha. Essa bolha existe quase desde o nascimento. Você vive dentro dela e o que você testemunha sobre as suas paredes redondas é o reflexo de seus próprios pensamentos e medos. Ela pode parecer ser um mundo que você está vendo, mas ele é apenas o seu mundo. Tudo o que você pode ver é uma descrição do mundo como você o descreve e como os outros têm te ensinado a descrevê-lo. Fora desta bolha está a verdade e somente quando você a arrebenta é que pode ver a totalidade do universo.
Seus medos não são nada mais que as paredes imaginárias desta bolha que você tem construído entre você e o universo. Ela é um muro que você criou e te faz acreditar que você está separado do universo. È feita de todas as coisas que você tem feito e que não quer que o universo saiba a respeito, todas as coisas secretas que você decidiu que estavam erradas ou que eram muito embaraçosas para compartilhar. Este montante de sua vida inteira. Tudo isso é medo. O muro de sua bolha é seu ego. E verdadeiramente, seu ego é apenas medo. Uma vez que você liberou este medo, você perceberá que não há separação entre você e o universo e que você é um pedaço perfeito no quebra-cabeça da criação. Antes de você fazer um simples passo para o caminho da iluminação, você deve checar seu ego. O ego é altamente instável e se você não tem uma conexão consciente com seu quinto elemento, o ego tende a governar em seu lugar. O ego é vulnerável aos elogios, ataques, ridicularização, inveja. O quinto elemento ou Eu Superior Divino (Sagrado Anjo Gruardião) não tem essas fraquezas.
Quanto mais você perseguir suas práticas espirituais, mais o seu ego vai reclamar, objetar, invocar a preguiça e geralmente tenta te desviar te afastando de seu curso. O seu ego pode enganar você fazendo-o acreditar que ele é seu quinto elemento (Espírito), o que pode trazer ilusão (ou pelo menos estigmatizá-lo como insuportavelmente justo). Isso acontece porque o reino do seu ego poderá desaparecer quando você perceber sua conexão com o Espírito. "O juramento que você fez no início de sua operação é a chave para superar esse problema. O juramento é uma armadilha para o ego. Quebrar um juramento danificará o ego, então ele tentará mantê-lo, embora talvez só em palavra. Ele certamente não quer destruir a si mesmo. No entanto, se o juramento é inflexível, sem conter nenhuma lacuna, você pode estar certo de que o ego eventualmente ruirá" .
Você pode notar que eu trato o ego como um ser separado, quase como um parasita. Se você olhar cuidadosamente para a situação, descobrirá que seu ego não é você ao todo. A verdade é que seu ego é apenas um conjunto de condições culturais as quais você se acostumou. Ele não é nada. Quando você fica chateado e defensivo com alguém que te ofendeu, você não está defendendo nada. A parte de você que vale a pena defender está totalmente fora de ataque. Aquele “você” na realidade é muito mais que a massa de superstições e crenças através da qual a maioria das pessoas se define.
O primeiro passo para quebrar o muro do ego é perceber que você está desqualificado para julgar as condições do universo. A questão, “Por que as coisas ruins acontecem com as pessoas boas?” é uma investigação infrutífera. Nenhum humano é singularmente qualificado para julgar o que é uma coisa ruim, ou o que é uma pessoa boa. É arrogante pensar de outra maneira. As coisas simplesmente são e as julgar por motivos morais é o primeiro erro do chamado “homem justo”, esse tipo de pensamento é a pior maneira de gastar sua energia. Quando você vê alguém se comportando mal, algo que incomoda você, alguém que você odeia, ou algo que te leva à loucura, é preciso perceber que todas essas coisas que te incomodam e esgotam sua energia só o fazem por causa da maneira como você se decidiu identificá-las. Seu inimigo é apenas seu inimigo porque você tem feito dele/dela seu inimigo. A mesquinharia e atos maus dos outros parecem mesquinho e mau porque sua mente permitiu os conceitos de mesquinho e mau para aprisioná-los.
Na verdade, as ações dos outros são meramente ações. As causas e efeitos (bondade e maldade) daquelas ações estão além de sua habilidade consciente para saber. Os comportamentos e ações corretos e incorretos dos outros (incluindo todo o universo) pode ser apenas um julgamento mal construído da sua parte. Preocupar-se e se lamentar sobre os outros é uma perda do pouco tempo que você tem na Terra. Você não os mudará – você só pode mudar a si mesmo. Pela mudança, você pode então descobrir que aquilo que uma vez pareceu um incompreensível ato mal é realmente uma parte necessária e essencial do plano universal. Quando você se torna imparcial em relação ao mundo, esquecendo-se das coisas que você acredita ser o mal, os males e os inimigos de sua vida desaparecem como os fantasmas que eles são. Além do mais você é rejuvenescido. Sem gastar sua energia com queixas ilusórias, raiva e ódio, um novo mundo de beleza e poder se abre diante de você.
Você é responsável por suas ações e não dos outros, e se preocupar com a vida de outra pessoa o deixa sujeito aos avanços de milhares de demônios inúteis e fantasmas do ódio e da ilusão.
Você é uma força da natureza, uma estrela auto-iluminada tão brilhante e potente como o Sol, mas só quando você se mover tão facilmente como o Sol poderá conhecer sua própria maravilha.
J. A. Newcomb
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